O empreendedorismo feminino no Brasil está em ascensão, com mais de 10 milhões de mulheres à frente de negócios, representando 34,4% dos proprietários de empresas no país. Este cenário é impulsionado por diversas tendências que moldarão o mercado em 2024, refletindo mudanças nas expectativas dos consumidores e nas práticas empresariais.
Uma das principais tendências é o investimento em práticas de ESG (Ambiental, Social e Governança). Laís Macedo, presidente do grupo Future Is Now, enfatiza que a sustentabilidade deve ser uma prioridade tanto para marcas quanto para consumidores. Além disso, a personalização nas relações comerciais se torna essencial, exigindo um entendimento profundo do público-alvo.
Outra tendência em destaque é o conceito de “netweaving”, que vai além do networking tradicional. Carolina Fernandes, CEO da Cubo Comunicação, explica que essa abordagem se baseia na troca de experiências sem expectativas, promovendo conexões mais autênticas e duradouras entre empreendedores.
O setor tecnológico também está se transformando, com mulheres liderando inovações em áreas como saúde e bem-estar. Ana Julia Kiss, CEO da Humora, observa que as empreendedoras estão cada vez mais integradas em tecnologias que promovem o cuidado e a saúde, refletindo uma mudança significativa no uso da tecnologia.
Além disso, o foco em impacto social é uma tendência crescente. Carine Roos, CEO da Newa, destaca que negócios liderados por mulheres buscam não apenas o lucro, mas também um impacto positivo na sociedade. Essa abordagem inclui a priorização da saúde mental das colaboradoras e a busca por um equilíbrio entre vida profissional e pessoal.
A tecnologia continua a ser um pilar fundamental para o sucesso das empreendedoras. Eduarda Gouvêa, da Droom Investimentos, ressalta a importância de ferramentas como inteligência artificial e blockchain para otimizar processos e garantir segurança nos negócios.
Por fim, a inovação que valoriza a vida é uma tendência que se destaca. Alline Goulart, diretora da Semente Negócios, enfatiza que incorporar estratégias ESG pode não apenas aumentar a eficiência, mas também promover mudanças estruturais no mercado, beneficiando tanto as empresas quanto a sociedade.
Essas tendências não apenas moldam o futuro do empreendedorismo feminino, mas também refletem um movimento mais amplo em direção a um mercado mais inclusivo e sustentável, onde as mulheres desempenham um papel central na transformação dos negócios e da sociedade.
