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Empreendedorismo Penitenciário: Um Modelo de Negócio que Ajudou Mulheres de Presos

O empreendedorismo penitenciário é um modelo de negócio inovador que surgiu para atender às necessidades específicas das mulheres que visitam seus familiares presos. Essas mulheres, conhecidas como “cunhadas,” precisam seguir regras rigorosas de segurança para visitar os detentos, incluindo vestimentas específicas e itens que podem ser enviados para os presos. Para atender a essa demanda, empreendedores criaram negócios que vendem produtos no padrão penitenciário.

A Necessidade que Virou Negócio

Camila Bezerra, de 32 anos, é uma das pioneiras nesse tipo de empreendedorismo. Em 2022, quando seu marido foi preso, ela encontrou uma oportunidade de negócio ao perceber a dificuldade das mulheres em encontrar roupas que atendessem às exigências da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) de São Paulo. Camila começou a vender roupas no padrão exigido pela SAP, inicialmente por meio de grupos do WhatsApp e, posteriormente, criou um site para atender às demandas. Hoje, sua loja fatura mais de R$30 mil por mês.

De Mãe para Filha

Ana Regina da Silva, de 31 anos, também trabalha com moda penitenciária. Ela começou a vender produtos necessários para as visitas em frente ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Osasco, em São Paulo. A empreendedora herdou o negócio da mãe, que começou a vender produtos em frente ao presídio em 2008. Com a pandemia, Ana precisou migrar para o on-line e agora vende produtos por meio de uma loja virtual e uma barraca em frente ao CDP de Osasco.

Lingerie ‘Padrão SAP’

Nayara Duarte, de 29 anos, vende peças de lingerie no padrão penitenciário desde 2020, quando seu namorado foi preso. Ela trabalha com a fabricação própria de lingerie e comercializa os produtos somente on-line. Nayara aprendeu a costurar assistindo vídeos na internet e agora trabalha com fornecedores para desenvolver modelos que atendem às normas de visita.

A ‘Fábrica’ de Jumbos

Sebastião Pereira de Albuquerque Junior, de 58 anos, e seu filho Victor Reis, de 26 anos, comercializam jumbos e roupas para os detentos e enviam para 182 penitenciarias de São Paulo. Eles criaram um site especializado em selecionar e preparar a entrega dos jumbos, que são os itens que os presos podem receber de seus familiares, como alimentos, produtos de higiene pessoal, produtos de limpeza, roupas e cigarros.

O Desafio de Encontrar Itens Aprovados

Encontrar itens que atendam às exigências das penitenciárias não é fácil. As mulheres não podem usar roupas transparentes, curtas ou decotadas, e os produtos enviados não podem conter álcool na composição. Para atender a essa demanda, os empreendedores precisam ser criativos e encontrar soluções inovadoras.

Um Negócio que Ajudou Muitas

O empreendedorismo penitenciário não apenas ajudou as mulheres a encontrar produtos aprovados, mas também se tornou uma fonte de renda para muitas delas. Essas empreendedoras encontraram uma oportunidade em uma necessidade específica e criaram negócios que beneficiam não apenas elas mesmas, mas também as famílias dos presos.

Um Modelo de Negócio Inovador

O empreendedorismo penitenciário é um exemplo de como uma necessidade específica pode se tornar um modelo de negócio inovador. Essas empreendedoras encontraram uma oportunidade em uma área específica e criaram negócios que atendem às necessidades das mulheres que visitam seus familiares presos.

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